O Ecumenismo e a Fé
Honrando esses tempos de ecumenismo é valido recordar Maimônides (considerado por muitos o maior filósofo judeu). Ele descreveu o Universo constituído de três estratos: a matéria não refinada, ou seja, a Terra e todos os seus seres animados; a matéria refinada, ou seja, as estrelas e os corpos celestes e, finalmente, os anjos que são seres puramente espirituais que não possuem matéria. O passado nos aponta que foi em Mishkan[1], o local onde Deus se comunicou com Moisés, onde as oferendas da farinha e do vinho e o sacrifício de animais eram ofertados. Mas era também o lugar onde os homens falavam com Deus.
Como interpretar? Era um lugar onde Deus se aproximava do homem ou seria um portal onde o homem poderia se aproximar de Deus? Porque hoje existe essa dúvida?
Porque para os incrédulos, Deus não está em lugar algum. E assim agem os fariseus no século XXI; esgotam a nossa capacidade de se assombrar ao ter conhecimento das articulações que realizam diariamente em proveito próprio. Como sobrepujar essa descrença? Somente pela fé, pois a vida é um dom de Deus e ainda vale a pena se a gente continua tendo a capacidade de se espantar com os desmandos dos homens públicos deste país. Que Ele na sua misericórdia infinita, continue amparando a todos os necessitados que na escassez saberão tomar melhores decisões frente aos poucos recursos disponíveis, pois dos conhecidos fariseus abastados, Deus se encarregará deles.
Colaboração: Ubirajara de Carvalho (Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão e Membro do Apostolado da Oração).
[1] A palavra tabernáculo vem do latim tabernaculum, “tenda”, “cabana” ou “barraca” e designa o santuário portátil onde durante o Êxodo até os tempos do Rei Davi os israelitas guardavam e transportavam a arca da Aliança, a menorá e demais objetos sagrados. Em hebraico se chamava mishkan, “moradia”, (local da Divina morada). Também se denominava, “Tenda da Reunião”. Era composto de três dependências: Átrio Exterior, Santo Lugar e Santo dos Santos.