A INFIDELIDADE A DEUS
O ser humano é um microcosmo de todo o universo, assim a Bíblia nos ensina que a alma, derivada do sopro Divino, é que dá a vida ao corpo. Ele deve ser muito bem preservado pois sem o organismo vivo e saudável é impossível desempenhar sua missão neste mundo a que somos destinados. Quando a paz e a harmonia é mantida entre o corpo e a alma, atinge-se o equilíbrio e, agindo em conjunto, unem-se os Céus e a Terra.
Infelizmente não estamos sentindo o espírito de solidariedade do amor ao próximo tão enfatizado por Jesus na sua missão entre nós. O povo esqueceu de vigiar os seus atos, abandonando o melhor da vida que é o crescimento espiritual que Supremo espera de todos nós. A pandemia era o melhor momento de exercermos nossa solidariedade, mas tem escapado da maioria de todos. A indiferença exercida com relação às mortes que tem ocorrido é chocante, pois continuamos desobedecendo as instruções do uso de máscara, aglomeração em bares e lazer nas praias, transformado em deboche a justificativa precária de que estamos cansados da restrição dentro de casa.
Relaxar das recomendações é uma bofetada que damos naqueles parentes que sofrem a dor de presenciar os últimos momentos de um ente querido, vizinho ao som de um baile funk, do burburinho nas ruas e o vai e vem no calçadão das praias.
Isto nos faz lembrar a caminhada no deserto quando jovens hebreus rebeldes, insatisfeitos com a falta da água e comida, restrita apenas às crianças e doentes, ameaçaram Moisés no deserto de Sin.
– Não acreditamos mais em vossa palavra! Iremos pegar as reservas que escondeste e vamos embora deste lugar amaldiçoado!
Antes que eles pudessem esboçar qualquer reação, Moisés gritou com violência:
– Largai as armas, furtadas de Josué imediatamente, antes que eu peça a Javé que vos fuzile com um de seus raios!
– Agora esperai aqui, como eu já disse! Mostrarei a água que o Senhor nos reservou.
Dirigiu em seguida à encosta das montanhas que margeavam o deserto de Sin; o povo não resistiu e o seguiu. Moisés cravou fundo o seu cajado entre as rochas e falou:
– Senhor, saciai este povo incrédulo! Mostrai-lhe o vosso poder!
E a água jorrou em abundância.
Jesus no auge do sofrimento na cruz, Jesus clamou ao Pai:
– Perdoai Senhor! Eles não sabem o que fazem!
Mas nós sabemos e erramos muito mais, pois não estamos roubando apenas a água e comida das crianças e doentes. Temos feito pior com o nosso comportamento, estamos negando o direito à vida de infectados à beira da morte e àqueles que os assistem.
– Salvai Senhor este povo infiel e seus governantes irresponsáveis!
Colaboração: Ubirajara de Carvalho (Membro do Apostolado da Oração)