Rua: São Francisco Xavier, 75 - Tijuca - Rio de Janeiro, RJ
21 2234-2094 ou 21 2234-2095 / paroquiasfxavier@yahoo.com.br

ELA disse Sim para o anjo Gabriel,

O Império Asteca estava sendo conquistado a duras penas pelos espanhóis. A conquista e catequese dos índios não foi fácil. Com a chegada dos franciscanos ele foi batizado.  No batismo as crianças recebiam nomes cristãos, pois seus nomes originais tinham significados estranhos. O menino nascido em Tlayacac nos idos 1474 atendia pelo nome de “águia que fala” e, como nome de batismo passou a ser chamado Juan Diego e sua esposa Maria Lúcia.   Juan pertencia à casta mais baixa do Império Asteca, embora não fosse escravo. Ele era um índio camponês fabricante de esteiras, casado e sem filhos.  Muito humilde, Juan e sua esposa assumiram os finais de semana para ouvir a palavra de Deus. Inicialmente, caminhavam vinte e dois quilômetros até a Igreja na Cidade do México. Essa penitência eles faziam antes do amanhecer para poder voltar para casa com o dia ainda claro.  Sua esposa não pôde mais acompanha-lo porque ficou doente ele decidiu continuar com a obrigação solene. Sua esposa faleceu em 1529 e a peregrinação continuou.

Era sábado, dia 9 de dezembro de 1531 em torno de três e meia da tarde quando houve a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe e Juan ouviu um chamado na sua língua nativa:

Juan Dieguito, meu filho caçula!

A Virgem encarregou Dieguito de pedir ao bispo João de Zurnárraga para levantar uma Igreja no local de sua aparição. Chegando na cidade, com muita dificuldade ele conseguiu dialogar com o bispo, mas seu porte humilde não convenceu o prelado.  Entristecido, Juan orou com fervor e ela apareceu em sonho pedindo que ele insistisse.  No dia seguinte, domingo, ele regressou à capital e o prelado solicitou que ele apresentasse uma prova concreta da aparição. Inconsolado por não conseguir atender o solicitado pela Virgem, Dieguito já a caminho da cidade, vê a Virgem aparecer para consolá-lo.  Era uma terça-feira 12 de dezembro quando ela pediu que ele subisse no alto da colina Tepeyac e colhesse flores para ela. Chegando lá em pleno inverno e intenso frio, ele foi surpreendido com as lindas flores que encontrou o que não era comum no inverno severo.  Juan deveria entregar as flores ao bispo como prova da aparição. Sem entender o pedido ele obedeceu e colheu as flores que segurou entre a camisola e a túnica. Diante do bispo Juan abriu a túnica e as flores amassadas deslizaram pela camisola, deixando impressa no tecido a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, hoje Padroeira da América Latina.

Juan Diego morreu em 30 de maio de 1548 e foi canonizado por São João Paulo II em 30 de Julho de 2020.

Colaboração: Ubirajara de Carvalho (Membro do Apostolado da Oração)

Print This Post